Ao se comparar a evolução da Internet com outros meios de comunicação vemos a dimensão desse fenômeno que surgiu despretensiosamente na década de 60. Inexiste um meio de comunicação tão global que abranja tantas informações como a rede mundial de computadores, fazendo-a ser comparada, de acordo com alguns teóricos, com a Revolução Industrial.
O americano J. C. R. Lickider, do Massachussets Institute of Technology, escreveu uma série de memorandos em agosto de 1962 intitulada “Rede galáxia”. Ele foi o primeiro a imaginar uma rede de computadores interligados com a qual seria possível acessar dados e programas rapidamente. Lickider conseguiu convencer Ivan Sutherland, Bob Taylor e Lawrence G. Roberts da importância do conceito de redes computadorizadas.
Quatro anos depois de Lickider desenvolver a idéia inicial, Roberts desenvolveu um projeto envolvendo redes computadorizadas para a ARPA, o qual foi publicado em 1967. A rede que deu origem a atual Internet ficou conhecida como Arpanet. Já no final de 1969, quatro servidores estavam conectados.
Todo esse processo acontecia em plena Guerra Fria, na qual os Estados Unidos montavam estratégias militares contra possíveis ataques soviéticos. A Arpanet nada mais era do que uma dessas estratégias defensivas. A idéia era montar um sistema de computadores interligados, mas sem um comando central, pois caso o Pentágono fosse atacado, o contato com as bases militares não seria totalmente prejudicado.
Em 1970, a rede interligava quatro universidades norte-americanas. Quatro anos depois, o número de instituições participantes subiu para 40. A troca de mensagens e de arquivos já era uma realidade. No mesmo ano, foi criada a Telenet, o primeiro serviço comercial de acesso à rede dos Estados Unidos. O nome Internet começou a ser usado apenas em 1982. Em 1983, foi estabelecido o TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol), a linguagem comum usada por todos os computadores conectados à rede até hoje. No entanto, a Internet ainda não funcionava como atualmente. Foi só em 1991 que foi criado o sistema de hipertexto World Wide Web (www), o que facilitou a navegação pela rede.[1]
A partir de julho de 1995, havia mais de seis milhões de computadores permanentemente conectados à Internet, além de muitos sistemas portáteis e de desktop que ficavam online por apenas alguns momentos.[2]
Atualmente o internauta se vê impaciente quando a página na web não abre imediatamente, mas, há alguns anos, isso era algo normal. Uma simples homepage levava de 15 a 20 minutos para carregar. Quando implementada, a velocidade de acesso à Internet era de 4.800 bits por segundo (bps). Uma conexão discada hoje pode ser 11 vezes mais rápida ou mais.
No início do século XXI, várias empresas já estavam lucrando com a Internet, a exemplo das empresas Google, Yahoo, que começaram como sites de buscas na rede e hoje contam com diversos serviços, que vão desde programas de mensagens instantâneas a portal de notícias.
Foi também nessa época que aconteceram algumas fusões importantes envolvendo provedores, caso da America on line (AOL) e Time-Warner. A partir de então, houve o crescimento do e-commerce - vendas pela Internet - e criou-se uma bolsa de valores voltada apenas para as empresas virtuais e de alta tecnologia: a North American Securities Dealers Automated Quotation (Nasdaq). Para se ter uma noção da importância que a Internet assumiu, atualmente, a Nasdaq é, em número de transações e de negócios, a maior bolsa de valores do planeta.
A China já anunciou que está desenvolvendo uma Internet particular, alegando que a atual não atende às demandas das empresas chinesas. Não se sabe ao certo é se os outros países terão acesso a essa nova rede de computadores. O que se sabe é que os sistemas de segurança serão tão rigorosos quanto a segurança de qualquer unidade militar americana ou russa no auge da Guerra Fria.
Nos dias de hoje é possível ter acesso à Internet sem precisar de um emaranhado de fios, utilizando-se, entre outras técnicas, a conexão através de fibra óptica e da rede Wi-Fi (um tipo de redes locais sem fio, ou WLAN - Wireless Local Area Networks).
